sexta-feira, 29 de maio de 2009

Graduação x curso tecnológico: qual é o melhor?

Saiba o que o mercado valoriza na hora da contratação e qual dos diplomas permite maior ascensão nas empresas.
Por ANDREA GIARDINO, EDITORA-ASSISTENTE DO COMPUTERWORLD
29 de maio de 2009 - 08h25

Com a escassez de gente qualificada no mercado de tecnologia da informação, muitas empresas passaram a contratar tecnólogos para suprir a demanda de projetos. A saída atende bem às necessidades imediatas, já que esses profissionais tiveram uma formação mais voltada à realidade prática do dia-a-dia.

No entanto, muitos profissionais têm dúvidas se esse tipo de diploma é suficiente para quem quer alçar voos mais altos na carreira. Para recrutadores e empresas do setor, há um consenso de que é preciso continuar somando novos títulos. "Não importa se o profissional pretende seguir carreira técnica - a chamada carreira em Y - ou com foco em negócios", ressalta Ricardo Basaglia, gerente de TI da empresa de seleção Michael Page.

Para o consultor, aqueles que pensam em ser diretores ou gerentes devem obter certificações. "Os tecnólogos mais seniores podem ganhar até o mesmo que um gerente de primeira linha, entre 12 mil reais e 18 mil reais", afirma.

Realidade que só acontece quando o profissional possui não só uma forte experiência profissional, como leva no currículos certificações de peso, de acordo com Basaglia. Entretanto, destaca, as oportunidades para tecnólogos são maiores em consultorias ou em fabricantes. Nas companhias, que cada vez mais enxugam suas áreas de tecnologia, o perfil é mais direcionado a negócios.

Na HP, por exemplo, profissionais técnicos valem ouro. Bastante jovens, eles chegam como analistas e atuam em vários projetos que exigem do profissional conhecimento técnico. "Em muitos casos, tecnólogos que acumulam certificações de destaque são mais importantes do que quem tem apenas graduação", explica Rosana Echigo, gerente de recursos humano da companhia.

Para crescer na HP e virar um técnico especialista, é preciso obter depois uma série de certificações. "Bastante valorizadas por nós, incentivamos o profissional a dar um upgrade e não parar ali", observa. Muitos, inclusive, são treinados pela empresa, o que acaba provocando uma corrida de concorrentes na disputa por esses profissionais. 

O mesmo fenômeno acontece na integradora Sonda Procwork, muito embora a empresa adote como prática o investimento desde cedo na formação de quem possui apenas um diploma de tecnólogo. "Somos fortes na tecnologia SAP, portanto, precisamos que todos sejam certificados e obtenham um diploma de nível superior", afirma Luciana Silva Baliani, gerente de RH da empresa.

"Incentivamos os funcionários a fazer uma graduação ou pós-graduação porque o mercado quer profissionais completos e altamente qualificados". Luciana destaca que, para subir degraus na companhia, conta pontos estar sempre se atualizando. 

Eliana Santos de Oliveira, 24 anos, fez o curso tecnologia da informação em gestão de negócios na Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Mauá, instituição estadual que pertence ao centro de educação tecnológica Paula Souza. Reconhece que nunca teve problemas em encontrar uma colocação no mercado. Muito pelo contrário.

Além da certificação ITIL Foundation V2, atualmente faz pós-graduação em governança de TI e trabalha na Leme Consultoria, em São Paulo. "Sinto que na área técnica o que faz a diferença mesmo é a certificação", afirma Eliana. "A formação do tecnológo é mais dinâmica e forma um profissional mais flexível frente à demanda de mercado".

Vale lembrar, que apesar de valorizado no mercado, os cursos de graduação superior em tecnologia - que duram, em média, dois anos e têm conteúdo mais compacto - nem sempre são aceitos em concursos públicos. Na Petrobras, por exemplo, é pré-requisito que o candidato tenha graduação plena (bacharelado).

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Utilização da internet no trabalho: uma questão de bom senso

Funcionários produzem mais se puderem utilizar a Internet para a diversão durante o expediente. A afirmação é polêmica e pode desagradar a muitos chefes, mas esse é o resultado de uma recente pesquisa realizada pela Universidade de Melbourne, na Austrália. O estudo apontou que a navegação na Web por diversão aumenta os níveis de concentração e torna o trabalho mais produtivo.

A pesquisa aponta ainda que as pessoas que navegam dentro de um limite de menos de 20% do tempo de trabalho são mais produtivas, rendendo cerca de 10% a mais em comparação com aquelas que não têm contato com a Internet. Essa tendência surge num período em que grandes empresas fazem altos investimentos em Tecnologia da Informação a fim de impedir o acesso de colaboradores a e-mails pessoais, blogs, páginas de relacionamento e sites de entretenimento como o YouTube.

Esse é de fato um tema polêmico. Acredito que a produtividade de quem necessita acessar informações e conhecimentos para produzir resultados deva mesmo aumentar, dadas as facilidades e possibilidades quase ilimitadas da Web e a quantidade de informações interessantes ao alcance do usuário. Porém, o desafio do gestor e do colaborador está em dosar o uso dessa ferramenta para que esse benefício se reverta em resultados positivos para a empresa.

Seria até falta de sensatez defender o cerceamento da utilização da Internet no trabalho, haja vista que, bem utilizada, é uma ferramenta de otimização, comunicação e interatividade. Ela aumenta capacidades, aproxima pessoas e democratiza a informação e o conhecimento.

Além disso, a Internet cria um senso de urgência, de estar "plugado", de ler e ser lido, de ver e ser visto. Todos querem estar atualizados. Alguns, ao ficar uma hora sem acessar a rede, têm a sensação de estar perdendo alguma coisa. A informação de uma hora atrás já é antiga. Todavia, a responsabilidade deve estar presente no comportamento de quem usa a web no trabalho, pois é muito fácil, ao navegar na Internet, perder o foco e esquecer o bom senso.

Ao gestor moderno resta a tarefa de se adaptar às inovações do seu tempo. O uso da Internet tem alguns "efeitos colaterais", como o consumo acrítico de informação, a distração, a falta de foco e a dificuldade de transformar informação em conhecimento. Essa é, sem dúvida, uma questão delicada, já que o funcionário pode se dispersar muito facilmente ao longo do dia, influenciando de forma negativa a obtenção das metas.

O ideal seria poder contar com a responsabilidade dos colaboradores de forma que usem essa poderosa ferramenta nas horas de trabalho para agregar valor à sua atividade profissional e, nas horas de folga e após o expediente, para tratar de assuntos pessoais e se divertir. O acesso à Internet com responsabilidade e bom senso pode confirmar o que diz a pesquisa: trazer resultado profissional e aumento da produtividade.

Por Luiz Alberto Ferla

quarta-feira, 6 de maio de 2009

NetBeans ou Eclipse? Qual IDE devo usar?

Amigos;

Fiquei muito tempo sem postar nada, mas andei muito ocupado nos últimos dias. Encontrei um artigo, no iMasters, super interessante e bem escrito e separei para vocês. 
Eu sempre preguei que para desenver Java com JSF o NetBeans dá de mil no Eclipse, porém utilizei o Eclipse no desenvolvimento do Comprafácil.com, Ipirangashop.com e no GloboMarcas.com e ele me atendeu bem.
Segue abaixo o artigo escrito pelo Alantiel Freire Marins, na última Quarta-feira (06/05/2009)

Uso de IDEs para o desenvolvimento Web

Falar de IDEs (Ambientes integrados de desenvolvimento) é muitas vezes mais polêmico que falar sobre as próprias linguagens de programação. E como não quero aumentar isso ainda mais, não vou escrever sobre qual é melhor ou pior, vou apenas descrever um pouco do que acho sobre duas que considero as principais delas. Apesar de ajudar - e muito - quando já se sabe programar, pode atrapalhar bastante usá-las quando se está aprendendo, mas isso vai de cada pessoa e também não é esse o objetivo do artigo.

O uso de IDEs para desenvolvimento é muito praticado hoje em dia, principalmente para se trabalhar em agências ou software houses, com produção em grande escala, diversas pessoas no projeto etc. Vou falar especificamente das IDEs Eclipse e NetBeans por serem gratuitas e também por serem as mais utilizadas nos dias de hoje, principalmente com Java.

NetBeans

Foi desenvolvida pela Sun e é mantida pela comunidade open source. Ela foi feita de Java para Java. É muito utilizada para desenvolvimento de Java para Web, apesar de também ser muito útil para desenvolvimento enterprise e aplicações java para desktop. Possui os principais recursos de uma boa IDE, tais como depuração avançada em tempo de desenvolvimento, deixando os pontos com falhas de digitação, ou variáveis não declaradas, falta de chaves ou colchetes, importações de bibliotecas necessárias automaticamente etc.

A NetBeans é considerada relativamente fácil de usar e que acelera bastante o desenvolvimento e testes, já que possui um servidor de aplicação embutido, o contêiner Tomcat, ou seja, não precisamos nos preocupar com o ambiente local para desenvolvimento e testes, basta uma tecla e a sua aplicação estará rodando. Com todos esses recursos vindo por padrão na sua instalação, não poderia deixar de ser, o NetBeans é relativamente pesado (lembrando que 'pesado' pode ser leve em muitas máquinas hoje em dia. A maioria dos jogos de hoje são mais pesados que a IDE, isso para se ter uma comparação). Mas, como disse, para quem não gosta de configurar muitas coisas, gosta de praticidade e necessita de um ambiente completo para desenvolver, principalmente para web, o NetBeans é uma ótima escolha.

Para baixar a IDE basta entrar no site: http://www.netbeans.org

Eclipse

É uma boa opção para aqueles que gostam de ter seus aplicativos configurados à sua maneira, como faz muito bem o navegador Firefox, que vem crescendo a cada dia por ser bem adaptável ao estilo de seu usuário.

O Eclipse foi feito em Java, mas é largamente usado por programadores de outras linguagens, tanto server-side como client-side, tais como PHP, XML, XHTML e Javascript. Foi inicialmente desenvolvida pela IBM e depois liberada para a comunidade do software livre.

A característica principal do Eclipse é que é baseada em plugins, ou seja, numa mesma empresa podem ter pessoas usando um determinado plugin enquanto outra pessoa pode estar utilizando outro totalmente diferente para a mesma coisa, mas ambos usando Eclipse. Para programar Java para a Web, por exemplo existe o WTP (Web Tools Plataform).

No site do Eclipse existem algumas versões completas com kits que já são opções completas para determinados projetos. São versões da IDE mais alguns plugins mais indicados.

O site do projeto pode ser visto em http://www.eclipse.org

Uma coisa bem legal das duas é que podem ser baixadas tanto para Linux como para Mac ou Windows.

Já que essas duas IDE's são gratuitas, vale a pena dar uma testada nas duas para avaliar qual é melhor para o seu gosto.